Natal é tempo de clichês
Eu não gosto das festas de fim de ano
Sempre me chamam de Grinch. Confesso que nunca assisti, e um dos motivos é que eu não gosto de filmes de Natal.
Ok, existe uma única exceção
Seguindo o bate e assopra o sino (🎶pequenino sino de Belém🎶)
Outra coisa que não gosto é de dar presentes, e tenho gostado cada vez menos de ganhar. Explico:
Não gosto de dar presentes porque eu não tenho muita inspiração, nunca sei o que dar. Talvez não tenha desenvolvido esta habilidade porque parte da minha família tem o hábito de dizer o que quer e as pessoas compram. Menos a minha mãe, o terror do amigo secreto. Eu acredito que presente tem que ser especial. Então quando tenho que apelar para aqueles presentes genéricos (sim, daquela loja cara do shopping que todo mundo já foi na hora do desespero [me patrocina que eu coloco o nome]) eu me sinto uma fraude. Preferia não dar nada, mas se fui até lá é porque esta não é uma opção.
Tem perdido um pouco a graça de ganhar presentes porque depois que você passa a ter o seu dinheiro e comprar o que vc quer, não faz sentido esperar o Natal para ter um perfume novo. Você vai lá e compra do seu gosto em outubro. E o mesmo vale para presentes em dinheiro. Amava quando eu era adolescente. Hoje não vejo mais sentido. E se eu tivesse que dar para alguém, ia ficar me questionando se a pessoa achou que aquele dinheiro foi suficiente. Comprar um livro de 30 reais não parece um problema, mas dar 3 notas de 10 como presente me parece pouco.
Para um momento de assopro e risadas, este episódio do Diva Depressão sobre Etiqueta dos Presentes fala de algumas coisas que eu falei acima e outras mais. Sempre um show de carinho entre o Fi e o Edu
Hora de mais uma assoprada, minha vó me dava dinheiro escondido, mas não era de Natal. Era do dia do nada feliz. Talvez seja por isso que eu goste tanto de um presente do dia do nada feliz. Porque eles são inesperados, não estão em um calendário que alguém disse que aquele era um dia de dar presente
Nem só de revirada de olhos vive o Natal. Por alguma razão que talvez merecesse ser explorada em terapia, eu sempre quis ser o Papai Noel. Ainda farei isso quando tiver sobrinhos em idade de entender que aquele é o Papai Noel, mas não grandes o suficiente para perceber que é a tia Fernanda.
Seria o matriarcado vencendo o poder masculino? Não queremos apenas usar saias curtas e sermos a esposa do Papai Noel?
Meu pai foi Papai Noel. Eu sabia que era ele. Não era para mim, era para os meus primos. E até hoje a minha principal lembrança deste dia é que meu primo queria ir acordar o Tio Cem (meu pai) para que ele não perdesse o Papai Noel. Vou inclusive perguntar se ele lembra deste dia, ou estaria eu estragando o Natal desta criança que hoje tem 36 anos? Talvez eu deva apenas perguntar se ele lembra, sem nunca dizer que era meu papai. Ou jogar no final “🎶eu pensei que todo mundo fosse filho de Papai Noel…🎶”.
Sabe o que eu realmente gosto no Natal? Tender
Tem momentos em que o principal pensamento é apenas sobre sobreviver a esta época. E se este for o seu caso, espero que este texto da The School of Life te dê uma luz.
Nota de alegria para finalizar este post rabugento? Temos:
Feliz Natal!
Eu dou presentes que são necessidades secundárias (tipo massagem) ou necessidade primárias como uma meia, não é só o melhor ou o que a pessoa realmente merece...faz parte de não ser herdeira